Ter tido uma infância difícil, ser “órfã” de pai,
aprender a deixar a timidez de lado, ser de certa forma “fria” e chata em
algumas situações poderiam ter me feito uma pessoa diferente da qual sou hoje.
Mas, ao contrário disso me fizeram perceber que nas dificuldades que aprendemos
a responsabilidade, a independência. Vemos a importância do apoio e o carinho
de pessoas queridas.
Ainda assim sou uma pessoa sentimentalista, ciumenta,
turrona, engraçada, individualista por querer não depender de ninguém, mas
coletiva por querer muito mais o bem do meu próximo que o meu próprio. Ao
extremo nos sentimentos, ao gostar ou não de alguém. Por sofrer junto a alguém
que amo. Radical por não aceitar coisas inadequadas. Diferente.
E mesmo assim, consegui encontrar pessoas das quais me
aceitam como sou, temperamental, chata, excêntrica ou criança. Não exagero ao
dizer que foi a amizade mais rápida que conquistei, tão pouco uma das mais
sinceras, a ponto de dizer ser minha Irmã em pouquíssimo tempo.
Talvez eu encha muito você por ter uma visão diferente da
sua, onde tento te mostrar a realidade. Ou você brigue comigo por eu tentar te
engordar com os chocolates, já que não quero engordar sozinha. Quando reclamo
que estou na TPM, naqueles dias de carência afetiva, ou em um dia ruim.
Minha visão diferenciada da realidade às vezes me dá
receio por você ficar chateada comigo. Mas, acho que de certa forma ajudam em
algo. Nem que seja para nos fazer rir das situações. A total falta de noção,
nas horas inadequadas.
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